Ser mulher é o principal fator de risco para o câncer de mama
Especialista ressalta a importância da prevenção durante todo o ano e a importância de buscar orientação médica
A campanha Outubro Rosa foi criada com o objetivo de aumentar a conscientização sobre o câncer de mama entre as mulheres e toda a sociedade. Pesquisa demonstram que com o rastreamento através de consulta periódica com ginecologista e realização de exames, a detecção precoce do câncer pode levar a chances de cura de até 95%.
Carolina Battaglini, ginecologista do Hospital Amhemed, em Sorocaba (SP), pontua que "ser mulher é o principal fator de risco, mas também há outros, como a idade, principalmente acima dos 40 anos, idade a partir da qual a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda para a realização do rastreamento anual”. Além disso, a profissional aponta fatores hormonais que também podem ser agravantes, como a menarca precoce, primeiro parto após os 35 anos, menopausa tardia e a ausência de gravidez ou amamentação.
O autocuidado também é uma prática fundamental na luta contra o câncer de mama. "O autoexame, que envolve a palpação das mamas e das axilas, pode ser integrado à rotina de qualquer mulher, é uma forma de autoconhecimento, mas vale destacar: não de rastreamento. O único método de rastreamento é a mamografia, sendo o exame clínico realizado por um profissional, o ultrassom de mamas e a ressonância são métodos complementares", ressalta a ginecologista.
A médica alerta que mulheres com histórico familiar de câncer de mama, principalmente em familiares de 1º grau e abaixo dos 50 anos, devem realizar um acompanhamento ainda mais rigoroso, incluindo outros exames preventivos, se necessário e indicado por um profissional. "O Outubro Rosa traz a conscientização do cuidado da mulher como um todo. Não se trata apenas do câncer de mama, mas de estimular a realização de check-ups anuais, incluindo o Papanicolau", conclui Battaglini.
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