Segundo o IBGE, cerca de 4,6 milhões de pessoas vivem com deficiência auditiva
Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez reforça importância de prevenção e cuidados no ambiente de trabalho
São Paulo é um dos estados com maior concentração de pessoas surdas no Brasil, de acordo com o IBGE, cerca de 4,6 milhões de pessoas vivem com algum grau de deficiência auditiva. No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, celebrado em 10 de novembro, reforçamos a relevância da conscientização sobre a saúde auditiva, especialmente em ambientes de trabalho onde os profissionais podem ser expostos ao risco de perda auditiva ocupacional.
A surdez ocupacional acontece por conta da exposição prolongada a níveis elevados de barulho no ambiente de trabalho, é um problema que pode ser evitado com a prevenção adequada, como o uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e a realização de exames médicos periódicos. Por meio de programas, como o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), as empresas podem monitorar a saúde auditiva dos colaboradores e implementar ações preventivas.
Rodrigo Soravassi, engenheiro de segurança do trabalho da Trabt, destaca a importância do PCMSO na prevenção das doenças ocupacionais relacionadas à surdez. “As Normas Regulamentadoras (NR) exigem que as empresas realizem o Gerenciamento dos Riscos Ocupacionais (GRO) e o PCMSO é uma das ferramentas mais importantes para proteger a saúde dos trabalhadores, especialmente em casos de exposição a ruídos. Quando identificamos no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) exposições a ruídos, o médico do trabalho deve estabelecer a realização de exames complementares, como a audiometria, e promover ações de conscientização e programas de conservação auditiva", explica o especialista.
O engenheiro também alerta para a importância do uso dos EPIs. "A exposição contínua à pressão sonora elevada pode resultar em perda auditiva irreversível. Por isso, é essencial que os trabalhadores recebam treinamentos sobre o uso correto dos protetores auditivos, incluindo a maneira adequada de colocá-los, higienizá-los e armazená-los", explica Soravassi. Ele reforça que a conscientização dos trabalhadores é um passo crucial para garantir que os EPIs sejam eficazes, evitando danos à saúde auditiva.
“Com a crescente prevalência de pessoas com deficiência auditiva no Brasil, é fundamental que empresas, trabalhadores e profissionais da área de saúde ocupacional se unam na promoção de ambientes de trabalho mais seguros, onde a saúde auditiva seja prioridade. A prevenção da surdez, seja no contexto ocupacional ou geral, começa com a educação e o compromisso coletivo com o uso de medidas de proteção adequadas”, finaliza o especialista da Trabt Medicina e Segurança do Trabalho.
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