Seja bem-vindo
Piedade,26/04/2025

  • A +
  • A -
Publicidade

2 de abril: Dia Mundial da Conscientização do Autismo e a importância do neuropsicopedagogo

Na psicopedagogia são traçadas estratégias pedagógicas para garantir a aprendizagem e o desenvolvimento das funções cognitivas

Fernanda Marques - Assessoria de Comunicação
2 de abril: Dia Mundial da Conscientização do Autismo e a importância do neuropsicopedagogo Foto: Divulgação

No dia 2 de abril, é celebrado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, uma data essencial para combater desinformações, reduzir preconceitos e garantir que pessoas dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA) tenham acesso a diagnósticos precoces e tratamentos adequados. De acordo com pesquisas recentes, 1 em cada 36 indivíduos é diagnosticado com TEA, o que reforça a necessidade de políticas públicas e apoio especializado para essa população.

Além dos desafios enfrentados no dia a dia, como a falta de empatia e os estereótipos ainda presentes na sociedade, muitos autistas e suas famílias precisam lutar judicialmente para ter direitos básicos garantidos, como professores auxiliares na educação e acesso a terapias essenciais para o desenvolvimento. "Ter um dia de conscientização é uma oportunidade para promover empatia e um mundo mais respeitoso com a neurodiversidade", destaca a neuropsicopedagoga Nayrlane Dutra.

Os primeiros sinais do TEA aparecem ainda na infância, e a identificação precoce possibilita intervenções terapêuticas mais eficazes, já que o cérebro infantil está mais receptivo ao aprendizado e adaptação. Neste contexto, o papel do neuropsicopedagogo se torna fundamental. Esse profissional, com base na neurociência e na psicologia, propõe estratégias pedagógicas para garantir a aprendizagem e o desenvolvimento das funções cognitivas.

"O neuropsicopedagogo inicia o atendimento com uma avaliação detalhada para identificar dificuldades nas funções executivas e pedagógicas, além das potencialidades do indivíduo. A partir disso, são traçadas estratégias que favorecem o aprendizado e promovem a inclusão escolar e social", explica Nayrlane.

No caso dos autistas, a neuropsicopedagogia atua de forma complementar a outras terapias, estimulando habilidades que auxiliam na socialização e no aprendizado. "Nosso trabalho se soma ao da fonoaudiologia, que foca na fala e comunicação; à psicologia, que trabalha emoções e comportamento; e à terapia ocupacional, voltada ao desenvolvimento das atividades diárias e coordenação motora", acrescenta.

Flávia Gobbo é mãe de uma garotinha de sete anos e que foi diagnosticada dentro do espectro aos dois anos. O trabalho com a neuropsicopedagoga é feito desde 2022, buscando identificar e propor táticas para melhorar o aprendizado, concentração e socialização em sala de aula. “Ela elaborou um cronograma de rotinas que foi essencial para minha filha no ambiente escolar. Hoje ela já se ambienta bem trocas de salas, colegas e professores”. A mãe enfatiza que o trabalho é pautado sempre no bem-estar da criança.

A conscientização sobre o autismo vai além do dia 2 de abril: é um compromisso diário com a inclusão, o respeito e a garantia de direitos. Com mais informação e apoio especializado, é possível construir um mundo mais acessível e acolhedor para todas as pessoas dentro do espectro.

A música como aliada no desenvolvimento 

Renata Koury trabalha com crianças autistas em sua escola de música localizada no Centro há quase duas décadas. O aprendizado ajuda no desenvolvimento de várias habilidades cognitivas, emocionais e sociais. 

Além de melhorar a atenção e concentração, a música ajuda na estimulação cerebral, desenvolvimento de fala e linguagem, além da coordenação motora. Ajuda ainda no relaxamento e também controle de ansiedade”, relata. 

Na musicalização infantil, que pode ser iniciada logo nos primeiros meses de vida - e vai até os seis anos de idade, a imitação de sons e palavras pode ajudar a crianças autistas com dificuldade de fala a desenvolverem habilidades linguísticas. “A musicalização envolve cantar e ouvir músicas, o que amplia o vocabulário de maneira natural e divertida”, explica a professora.

As aulas podem ser em grupo que estimula ainda mais a promoção social, incentivando as crianças a interagir, cooperar e compartilhar experiências.
“Com certeza a música como um todo se torna instrumento fundamental no desenvolvimento ajudando os pequenos a encontrarem formas de expressão mais acessíveis e naturais”, finaliza Renata Koury.


Publicidade



COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.